terça-feira, 28 de junho de 2011

Minhas paixões


Cada dia descubro uma nova paixão em Dublin…

Segunda-feira, fui eu encontrar uma amiga num dos nossos lugares preferidos aqui, um pub chamado Sin é, e fomos surpreendidas com uma das melhores Open Mic Nights de Dublin, da qual não sabíamos... 

Duas das nossas bandas preferidas do, digamos, “circuito alternativo”estavam lá, e eu vim embora mais cedo porque estava exausta, mas a vontade era virar a noite ouvindo boa música, compartilhando histórias e pinchers e muitas risadas!

 (pinchers – nem sei se é assim que escreve -  são as jarras de cerva que vendem em alguns pubs aqui. Porque aqui não existe essa garrafa grande que geralmente se pede no Brasil, com vários copos. Tem a pint, que é um copo de meio litro, individual, ou a long neck. Se quiser compartilhar, pede-se essa jarra).

Agora que estou com a contagem regressiva “mode on”, tudo está se tornando gradativamente nostálgico...menos trabalhar :P hahahaha

Dá medo de voltar pro Brasil. Medo quando vemos os amigos que voltaram gritando aos quatro cantos que queriam ter ficado. Medo de perder essa liberdade inebriante, essa independência de tudo, de costumes, de culturas, de regras, de conceitos e pré-conceitos que não existem num lugar onde reúne-se mil culturas e nacionalidades simultaneamente. 

Na iminência da partida, sentimos que aqui podemos tudo. Tudo é válido, tudo é permitido. E não é uma questão de libertinagem, de perder valores ou princípios, mas sim de liberdade mesmo. Liberdade de dar as caras, de passar vexame, de gritar na rua, de ir no mercado de pijama, de ver-se e encontrar-se e sumir-se e achar-se novamente.  De estar com quem quiser, de ficar e desficar, de ver gente diferente o tempo todo, de descobrir coisas novas a cada dia, de não dar satisfações a não ser a você mesmo, quando dá vontade, de sair numa segunda-feira sem um pingo de culpa...

Certeza absoluta: eu vou ficar com saudade. Vou morrer de saudades!

Mas o mais importante agora é conseguir levar um pouco disso tudo pra casa. É me permitir deixar Dublin, mas não permitir nunca que Dublin me deixe...

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