terça-feira, 28 de setembro de 2010

Sobre Dublin

Várias pessoas me adicionaram no orkut ou me mandaram e-mails querendo saber como tão as coisas aqui em Dublin, dicas pra quem está querendo vir, etc. Então decidi fazer uma postagem geral sobre isso pra quem estiver interessado.
Ok. A primeira pergunta é sempre a mesma: emprego. Não é muito fácil responder a essa pergunta, porque não tem regra. A situação não está fácil aqui, aliás, a situação geral da Europa é de crise, não está fácil arrumar emprego em nenhum lugar. Mas tem gente que consegue. E gente que não.
Conheço pessoas que no segundo mês aqui já arrumaram trabalho fixo, pessoas que estão a seis meses e só conseguem bicos, pessoas que desistiram e foram embora. E a questão não é só saber falar inglês, óbvio que isso é um diferencial e tanto, mas tem gente que não fala e consegue e também o oposto. Aqui, como em todo lugar, rola muito também o QI (quem indica) mas não é sempre assim.
A questão é simplesmente, às vezes, de estar no lugar certo na hora certa. Eu odiava quando alguém me falava isso porque é absolutamente vago! Não tem nada que eu possa fazer para “estar no lugar certo na hora certa”, só e somente porque eu não sei qual é o lugar certo e a hora certa!!! Mas... só sei que é assim...
No meu caso eu não tenho um emprego fixo ainda... ainda... há uma coisa em andamento mas prefiro não falar disso. Mas eu fui numa agência que todo mundo se cadastra aqui, que é uma agência de terceirização, mas muita gente nunca é chamada pra nenhum trabalho. Eu na verdade nem tinha me cadastrado lá, mas fui em um dia num trabalho que tava uma galera indo, e eles me chamaram. Já falei disso aqui no blog, era catar lixo no chão em um evento de acampamento. Um horror, mas foi divertido.
Mas aí o que aconteceu, eu fui lá no dia seguinte levar os documentos pra que eu pudesse receber, e a moça tava precisando de alguém pra trabalhar imediatamente num lugar. Eu falei que podia ir e tals, peguei as coisas, peguei o ônibus correndo, e quando estava quase chegando lá ela me ligou dizendo que a pessoa tinha cancelado. Eu voltei pra agência, ela me pediu desculpas e tals, e eu disse que não tinha problema, que não era culpa dela, e que eu sabia que na próxima vez ela ia me arrumar um trabalho legal.
Pronto. Desde então não fiquei um dia sem trabalhar. Ela sempre me chama, cada semana num lugar, às vezes um, dois dias num lugar, depois em outro, mas estou trabalhando sem parar. Esse foi um caso de estar na hora certa no lugar certo, mas não só isso. Aqui ser simpático é um diferencial, porque o europeu não costuma ser assim. Quanto mais natural, espontânea e simpática a pessoa for, mais ela tem chance de se destacar. Se eu tivesse reclamado da situação ou feito cara feita, por exemplo, dificilmente ela iria me chamar de novo.

Sobre o currículo, ele é sempre fictício. Em outras palavras: todo mundo mente. Fala que tem mil anos de experiência como garçon, que trabalhou a vida toda em hotel, etc... E quem chega acaba tendo que fazer o mesmo pra competir com os outros, porque eles sempre vão perguntar se vc tem experiência e todo mundo sempre vai dizer que sim. Tem coisas que vc realmente pode falar que tem esperiência sem ter, por exemplo recolher copos, limpar o chão, mas uma amiga minha por exemplo falou que tinha trabalhado numa cafeteria, a mulher mandou ela fazer um café então, (na maquininha de café) e ela não sabia fazer. Aí fica ligeiramente feio neh...  Teve um caso engraçado também de uma outra amiga que tava entregando os cvs e ela não fala inglês direito, a tinham vários lugares escrito "the manager reserves de right os refuse admissions" e ela lia "admissions", pensava que tavam contratando e entregava os cvs... (refuse = NEGAR, RECUSAR) ou seja, ela entregou cv em todos os lugares que NÃO queriam... hsuhaushaushaushau
Mas enfim, tenho uma amiga por exemplo que conseguiu um trabalho assim de cara, deixou um currículo numa loja de roupas, foi para a entrevista, a gerente gostou dela e a contratou na hora. Tenho uma outra amiga que está trabalhando de au pair. Essa geralmente não é uma opção muito procurada porque não paga muito bem (apesar de vc não ter custo nenhum) e mora na casa da família, então estabelece-se um vínculo que muitas pessoas que vêem pra cá não querem ter.  e depende muito da família também. Essa minha amiga teve sorte, porque a família é muito legal com ela, ela tem uma suíte individual com tudo que ela precisa, trabalha 4h por dia e está aprendendo muito inglês. Isso é bom, porque morando lá ela fala inglês o tempo todo. Então cada caso é um caso, a única coisa que acho que posso dizer é: tem que correr atrás e não escolher serviço. Fazer  o que aparecer, porque uma coisa puxa a outra.
Outra coisa que todo mundo pergunta: a escola. Não se iluda, ao menos que vc pague o dobro da média as escolas não são de alto nível. Na verdade a prioridade da grande maioria das pessoas acaba não sendo a escola, porque não existe reprovação por freqüência, então rodo mundo acaba faltando muito, seja pra trabalhar, pra viajar, ou de preguiça. Eu costumo ir, mas não á tão boa quanto a gente pensa no Brasil. E, sim, tem muitos brasileiros, como quase todas as escolas de Dublin. Novamente, existem pouquíssimas com menos brasileiros, que são essas bem mais caras. Aí tem que fazer uma pesquisa mais ampla, mas a questão é que TEM BRASILEIRO EM TUDO QUANDO É LUGAR.  Então, não venham porque já tem brasileiro demais aqui!!! Hahahahahahaha
Brincadeira, mas a questão é que realmente, em toda loja, em toda esquina, em toda festa, em toda empresa, você vai encontrar brasileiros. Sempre. Aí a questão depende muito do objetivo de cada um: tem gente que veio com amigos (brasileiros, logicamente) pra trabalhar, viajar e curtir. E realmente, fazer uma viagem dessas com amigos que vc gosta é muuuito divertido, então se o objetivo não é aprender inglês, beleza. Agora, se é aprender inglês, você tem que literalmente correr dos brasileiros. Porque como tá todo mundo longe de casa, da família, etc, é muito fácil entrar num grupo de brasileiros e morar com eles, sair com eles sempre, etc. Claro que vc vai ter amigos brasileiros e encontrar pessoas muito queridas, como eu encontrei, mas tem que se esforçar pra fazer outros amigos, morar com estrangeiros, conviver mais com eles, senão a pessoa só fala português o tempo inteiro. Eu conheci gente que mora aqui a mais de 6 anos e não fala inglês fluentemente.
Aqui tem uma comunidade brasileira muito grande, que organiza festas, churrasco, feijoadas... tudo que lembra o Brasil, então é muito possível viver em Dublin sem falar inglês. Outra coisa: o sotaque deles é diferente sim. Mas depende da pessoa, alguns são fáceis de entender, mas pessoas provenientes de algumas regiões da Irlanda falam de um jeito totalmente incompreensível. Não dá pra entender uma palavra. Demora pra se acostumar, e todo mundo diz que pra aprender inglês mesmo precisa ficar aqui no mínimo um ano, seis meses não é suficiente. Vamos ver...
Agora, o que eu acho mais importante pra quem está pensando em vir é a pessoa ver se ela está preparada. Eu conheço gente que está aqui a um mês e já quer voltar. Tá com saudades da família, do Brasil, dos amigos, da comida, do(a) namorado(a), etc... Aí fica totalmente fechada pra tudo que é novo, julgando tudo, fazendo comparações e querendo ir embora. Aí não vale a pena.  Quem vem, tem que vir sabendo que aqui é frio, que o clima é diferente, sempre nublado, chovendo, que o inverno é rigoroso, que é difícil conseguir emprego, que a comida é diferente, que vai ficar longe de casa e vai ter momentos de carência, de tristeza, como todo mundo tem. Mas tem que querer passar por isso.
Porque assim, que cada um vem com um objetivo eu entendo e respeito. Agora, o que eu não suporto é as pessoas chegarem aqui e ficarem falando mal de tudo o tempo inteiro.Então por que veio???
Outra questão que me perguntaram: sobre os irlandeses. Sim, existem knackers, um tipo de gangue maluca que odeia estrangeiros, mas eu pessoalmente nunca tive problemas. Nem nunca os vi, eu acho. Se vi nem reparei. Mas os irlandeses em geral são muito simpáticos, todos os que eu conheci são uns fofos. Tem aqui no blog as histórias dos dia que saí com eles, todos são muito gente boa! E é bacaba sair com eles porque conhecemos lugares que eles costumam ir, não os de turistas. Porque no começo eu não conseguia achar os irlandeses, porque ia nos lugares que a galera costuma ir e só tinha brasileiro, mexicano, espanhol... tudo menos irlandês!
Outra verdade: eles não tomam muito banho. Como o europeu em geral, mas não é verdade que eles fedem. Tem gente que fede como no Brasil também tem, mas eles em geral são normais. Uma outra coisa que a gente descobre é que o nosso padrão de limpeza no Brasil é alto, só pode ser, porque todos os europeus e não europeus que têm aqui são menos limpos e higiênicos do que a gente. Podem se orgulhar disso!
Comida: batata. Muita batata! Eles comem batata aqui como a gente come arroz no Brasil. Peixe com batatas é a comida tradicional, mas como comer fora aqui é caro, eu sempre cozinho em casa. A comida pra cozinhar em casa é barata, acho que mais barata que no Brasil, proporcionalmente. O problema é que principalmente no começo a gente sempre converte o euro pra reais, e tudo fica caro. Mas quando a gente começa a receber em euros, tudo faz sentido.... rsrsrs
Roupas são baratas. Não traga muita roupa de inverno porque os seus casacos não vão resolver e por 12 euros dá pra comprar um super quente. E traga roupas mais frescas, porque é assim, na rua é muito frio, mas dentro dos lugares é calor, então tem que colocar um casacão na rua e uma blusinha por baixo pra ficar com ela dentro dos lugares. Todo mundo sentiu falta de blusinhas pra sair (as mulheres) porque trouxemos um monte de blusas quentes e quase nada de alcinha ou algo assim.
Bom, acho que as dúvidas principais foram essas... se alguém quiser perguntar mais alguma coisa fique a vontade... e se eu lembrar mais coisas, vou colocando tb...
=***

domingo, 26 de setembro de 2010

Barcelona

Plaza de España

Barcelona. Vamos lá. Tudo começou quando o Tom (meu primo) me convidou pr air pra lá para a festa de La Merce, que é uma festa popular com vários shows, atrações e Barcelona inteira vai pras ruas. A princípio eu não podia ir, mas acabei indo mesmo sem poder... rs
Passagens compradas, quase, mas quase mesmo que eu perco o vôo, acho que calculei mal o horário de pegar o ônibus pro aeroporto, e peguei um que demorava pra caramba (culpa do cara da agência aqui que sempre dá as informações erradas =P ) enfim, resumindo cheguei no guichê 10 minutos depois do horário. A mulher falou que tava fechado, mas eu fiz uma cara de tamanho desespero que ela me deixou entrar. Ainda tive que voltar lá pra ela carimbar o papel que ela tinha esquecido, aí entrei e o meu guichê, obviamente, era o último, e os aeroportos aqui são gigantes, e eu corria, corria, passava pelas esteiras correndo com aquela mochila mega pesada nas costas, e suando, e nada do bendito gate chegar. Quando finalmente cheguei, estavam fazendo a última chamada...
Eu ia chegar em Barcelona quase 1h da manhã, ia ficar na casa de um amigo do meu primo, só que ele ainda não ia estar lá quando eu chegasse. Aí combinamos de eu ligar pro amigo dele (Antônio) quando chegasse no aeroporto. Esse amigo era italiano, morava na Espanha e teria que falar inglês comigo. Eu liguei pra ele e perguntei “vc estava dormindo?” ele respondeu “sim, sim, eu moro perto da Praça da Espanha, mas onde vc está?” 
Pensa num desespero...
Mas no final das quantas conseguimos nos entender e ele foi muito legal. Muito mesmo. Foi me buscar na Plaza de España, deixamos as minhas coisas na casa dele e saímos pra encontrar os amigos dele que tinham ficado num bar. Esses amigos eram dois italianos que não falavam inglês nem espanhol. E eu não falava nem espanhol nem italiano, então a nossa conversa era uma mistura de inglês, espanhol, português e italiano, uma beleza....
Nesses dias me senti a pessoa mais ignorante do universo por não saber falar espanhol. A gente pensa que é igual português, que dá pra entender tudo e tals. Nada disso. Quando eles falam devagar com vc aí tudo bem, mas quando a galera começa a conversar, pode esquecer. Não entendia uma palavra.
No dia seguinte meu primo chegou e saímos todos a noite, fomos pra uns quatro lugares. O primeiro era um bar que vc entrava e tinha tipo um quintal dentro dele, com árvores, mesinhas, a galera conversando, uns levavam violão, e a gte fica lá bem curtindo... mto legal. Depois fomos pra um outro lugar, depois pra outro, e depois comer kebabs. Eu como não como carne comi um falafel. Eu fui pedir a comida e  falei “per favore” achando que tava falando espanhol, mas isso era italiano... aí o cara começou a falar italiano comigo e eu boiei total! =P
No dia seguinte meu primo foi meu guia turístico pela cidade... fomos na Sagrada Família, no Parque do Gaudi, na La Rambla, na Plaza de España, nobairro gótico... ele tirou várias fotos legais (não tenho todas ainda). Passeamos, conversamos, dormimos na grama do parque e andamos pra caramba.





Sentamos uma hora pra tomar uma sangria. Calma, não é sangue não, é uma bebida feita de vinho, suco e frutas. Muito boa, parece um refresco, e eles colocam limão também, uma delícia. Eu tomei essa bebida umas três ou quatro vezes e nunca aconteceu nada, mas esse dia eu não sei o que tinha naquela sangria que eu fiquei bêbada, e eu perguntava pro Tom se ele tava normal e ele dizia que sim, que tava completamente normal. Vai saber...


Agora tenho que explicar algo sobre a casa onde eu estava. Era a casa do Antonio:
Antonio


Ele era o mais normal dos flatmates, com isso dá pra ter uma idéia... Tinha um que era um psicopata nato..o cara ficava a noite inteira, até de manhã jogando vídeo-game, e dormia de dia, só acordava pra comer. Sempre. Ninguém entendia do que ele vivia. Ele era muito branco, com umas olheiras assim e só grunhia quando alguém falava com ele. Isso quando ele se dignava a responder. O outro era um chileno muito louco que falava de um jeito muito engraçado, só que esse num dá pra explicar, a gente ficava imitando ele o dia todo... E no outro quarto morava um casal de travestis, então, veja bem...
A casa era uma bagunça claro, mas foi divertido. Conheci pessoas de vários lugares (Valença, Portugal, Itália, Barcelona, Nova York, Rússia, etc) ficamos praticamente todos os dias até 5, 6h da manhã na rua, tinham shows e atrações por todos os lados. De 5 em 5 minutos vinha algum vendedor de cerveja com as latinhas na mão te oferecendo “Estrella” por um euro, ou uma comida que eu não sei bem como chama... salmoza, ou algo assim. Parecia um pastel com uns legumes dentro, que ficou a noite inteira passeando pela cidade e de procedência altamente duvidosa...


O Antônio nunca pagava pra entrar no metro, sempre pulava por cima e geralmente depois vinha abrir a passagem pra gente... tcs tcs tcs...Além disso ele colocou uma música na minha cabeça que eu não consegui tirar até agora... uma coisa que não é nenhuma língua e não diz nada... cacao maravilhao... =P
Fui ver os fogos de artifício no mar!! Isso foi muuito lindo, era uma empresa francesa fazendo o festival pirotécnico, e eu subi em cima do negócio de colocar as bicicletas e vi os fogos e o mar. Um dos momentos mais emocionantes da minha vida!!!
Na volta entrei no avião deu algum problema (que eu não consegui entender exatamente o que era, apesar de ter sido anunciado em inglês e em espanhol....que tristeza viu...) que ficamos duas horas lá parados dentro do avião sem poder decolar =P
Cheguei um caco em Dublin. Mas a viagem foi maravilhosa!!!


terça-feira, 21 de setembro de 2010

Coisas da Europa... fiz uns amigos gays aqui, e fomos todos pra uma festa. Mas esse dia éramos todos brasileiros. Eu já fui em festas gays no Brasil, mas em lugares assim mais lights, meio mistos, mas esse aqui... MEDO!!!  Não vou entrar em detalhes, eu no desespero só falava 'I like men!!!' hahahahahahaha
Sério. Quem vier aqui, tome cuidado com esses lugares!!

Teve uma festa na destilaria da Jameson (Jameson é o whisky mais tradicional da Irlanda, o salão de festa deles é maravilhoso!!!) e eu fui lá ontem.Não se iludam, fiquei lavando louça mesmo, obrigada. Mas aí eu cheguei lá e tinha uma mulher pra me explicar o trabalho, porque tinha todo o procedimento lá para operar a máquina de lavar as coisas, e eu não conseguia entender UMA palavra que ela dizia. Assim, aqui tem gente de tudo quanto é jeito e de tudo quanto é lugar, tem inglês que vc entende perfeitamente, tem outros que vc jura que é outra língua, porque não tem condições! Eu pedia pra ela repetir, pra falar mais devagar... e nada. Não conseguia entender patavina... vc fica especializado em mímica aqui, porque a comunicação foi praticamente toda gestual =P

Bom, hj não vou escrever mais porque... estou indo pra Barcelonaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!
dou notícias na volta... ;D

domingo, 19 de setembro de 2010

Weekend

Pois é, saí na sexta pra encontrar um casal de amigos irishes, a só voltei pra casa agora no domingo a tarde!! rsrsrs Pois é, eles são muito legais, e têm um filhinho de 1 ano e meio, a coisa mais fofa desse mundo!! Branquinho, redondinho, cabelo ruivo e olhos azulados... e muuuito doce! Dá vontade de morder!!!

Conheci esse casal através de um outro amigo que, por sua vez, conhecemos num clube de salsa. Ele é baixista de milhões de bandas aqui em Dublin, e no primeiro dia que encontramos ele e seu amigo, que é francês e muito louco por sinal, levou a gente pra conhecer 3 pubs diferentes, sendo que no caminho pra um deles pegamos um taxi que tinha computador e DVD com karaokê, e cantamos música brasileira pra eles. Muuuito surreal!

Na semana seguinte ele nos convidou pra ir num show dele numa cidade aqui perto. Era festa de aniversário de uma amiga deles, que fechou um Pub pra fazer a festa, e contratou 3 bandas pra tocar. Nós fomos com os músicos, entramos na festa, fizemos vários amigos, conversamos com um monte de gente e ainda filamos um jantar muuuito bom! kkkkkkkkkkk  ( eia brasileirice viu... rsrsrsrsr)

Party!
 Depois disso, fomos todos dormir na casa de um outro cara da banda, o bateirista, que é inclusive o melhor do estado aqui, e eles foram super gentis com a gente. Eu dormi na came dele, e ele no colchão, no dia seguinte ele fez hamburguer de soja pra mim porque eu não comia frango, enfim, todos foram realmente muito legais com a gente, inclusive esse casal.

Como eles moram aqui perto, combinamos de sair na sexta, e novamente conhecemos mais 3 pubs diferentes. Depois dormi na casa deles e ficamos o final de semana conversando, brincando com o Ben (baby boy) assistindo filme, etc. Conheci o segundo maior shopping da Europa, que fica perto da casa deles, e almocei na casa da mãe dela, um legítimo almoço irlandês = muita batata. Levemente calórico, pra compensar eu teria que ficar uma semana de jejum...
Irlandeses definitivamente são festeiros, tudo é motivo pra comemorar, beber e se divertir. E são todo muito amigáveis, esses pelo menos, cada vez que eu encontro já sou convidada pra mais três festas, no mínimo! rs

Eu vou ter que contar. Desculpa, é um história meio nojenta (minha mãe não vai gostar... rs) e não fica mto engraçada assim por escrito, mas eu preciso registrar isso. Sabe quando já são tipo 6h da manhã e começam as histórias loucas do que as pessoas já fizeram quando estavam bêbadas? Pois eh, nessa hora veio isso: Estava esse irish e um amigo muito louco ambos bêbados em um pub, e esse amigo queria vomitar, mas tinha uma fila mto grande no banheiro. Ele resolveu esperar e encostou na parede, mas de repente saiu correndo, passou na frente de todo mundo na fila (ele era grande e bem forte, porque era jogador de rugbi -  sei lá como escreve isso e tou com preguiça de procurar) deu um soco e quebrou a porta do banheiro e vomitou lá dentro. Só que.... tinha uma pessoa sentada na privada, e ela ficou coberta de vômito!!!  #muitonojento

Aí ele parou e ficou olhando pra pobre da pessoa e pensou: Eu vomitei em cima desse cara. Se fosse comigo, eu ia querer matar quem tivesse feito isso. Nesse caso, talvez seja melhor eu bater nele primeiro. É, melhor fazer isso: deu um murro no nariz do coitado, e saiu correndo!!!
Agora pense: vc está lá bem feliz fazendo suas necessidades no banheiro, quando de repente vem um brutamontes, quebra a porta, vomita em cima de vc, fica 5 minutos olhando pra sua cara, de repente te dá um murro no nariz e sai correndo!

Como assim ?!?!?!?!?!?!

Eu rio sozinha até agora lembrando dessa história. Sério.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

International



Amigos queridos no Internatinal Pub - Dublin

Dublin é uma cidade bem musicalizada... as pessoas aqui têm orgulho de seus compositores. Além dos artistas mais conhecidos, como Enya, U2, The Corrs, etc, tem uma banda de rock dos anos 70 famosa aqui, chamada Thin Lizzy, e um compositor mais erudito que eu nào consigo lembrar o nome. (vou procurar de novo e depois coloco aqui. São lindas as músicas dele.)

Enfim, aqui eles têm alguns pubs que são abertos, qq um pode chegar e cantar. Aí claro que já arrumei um amigo pra tocar e cantar comigo, e fomos no International Pub cantar música brasileira. O pub é pequeno, underground, com alguns irishes velhinhos que acho que vão lá desde sempre. Eles sempre "abrem os trabalhos"cantando algumas músicas, e depois cada um vai lá e canta o que quiser. Tinha uma menina irlandesa de uns 20 anos, uma da alemanha, um cara dos EUA, mas todos cantaram em inglês.

Na nossa vez, fizemos as apresentações em inglês mas cantamos em português, as músicas "Como uma onda", "Tiro ao álvaro"e "Reconvexo". Nessa última, todo mundo que tava no pub participou batendo palmas no ritmo da música, foi mto divertido! Sucesso total!!! hahahahahaha Eles vierem a gradecer e pedir para irmos mais vezes e etc... Tou me sentindo muuuito importante... rsrsrsrsr


Cláudio e eu cantando Como uma onda

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Coisas da Irlanda...

Coisas que todo mundo estranha quando chega aqui (além da mão contrária...)

- No verão tava anoitecendo às 23h... a gente tava a mil por hora pensando que ainda tava de tarde, e já estava de noite...
- Bebemos sempre água da torneira.
- Tem que ligar as tomadas antes de usar. Assim como um botão para ligar o fogão ou o forno... já perdi a conta de quantas vezes coloquei o celular pra carregar, a água pra ferver, e nada....
- O papel higiênico se joga sempre no vaso, é tudo biodegradável.
- As pessoas saem cedo de casa e tudo fecha cedo. Vc é simplesmente EXPULSO de onde quer que vc esteja, sem muitas delicadezas. No primeiro dia que a gente chegou aqui, fomos sair e chegamos no club 1h da manhã. Fomos expulsos às 2:00 =P
- Se vc está numa loja e dá a hora dela fechar, idem: o vendedor te expulsa na maior grosseria, e às vezes nem te deixa comprar algo que vc já tenha escolhido. Escolher outra coisa então, nem pensar...
- Aqui é a terra do tempo bipolar. Vc olha pela janela e está um dia de sol: Não se iluda!! Pode chover, ventar, nublar, fazer sol de novo, chover de novo, quem sabe até nevar... em menos de duas horas!
- Cuidado na hora de cumprimentar alguém: na dúvida, dê um aperto de mão. Beijinhos só se a pessoa tomar a iniciativa ou, se depois de um tempo de conversa em inglês, vc descobrir que o interlocutor é brasileiro (acontece muito!).

Uma outra coisa que eu reparei, é que parece que aqui as pessoas parecem ter hábitos mais simples.  Nos domingos de sol, as pessoas saem para os parques, lindos por sinal, com aquela grama que parece de mentira de tão perfeita, e ficam tomando sol, conversando, namorando. Simplesmente enjoying...  Em Malahide vi um casal de velhinhos sentados num banquinho olhando o mar, e pareciam estar numa felicidade tão grande! Quando eu ficar velha quero ser assim! rsrsrs  Não vi aqui nenhum parque fechado, clube privado ou nada disso. É tudo aberto, bem cuidado e muito limpo.  O que é a educação...


Dublinando hoje

Nossa, é tão difícil começar a falar alguma coisa… montei o blog faz uns dias já, porque tinha tanta coisa que eu queria dividir com as pessoas que achei melhor fazer um blog do que ficar mandando por e-mail pra uns e outros... mas agora que montei, num consigo pensar em nada pra falar! Rs...
Bom, como já estou aqui há um mês, acho que era bom fazer uma resenha dos acontecimentos até agora.  Depois de chegar, demorar horrores pra me adaptar ao fuso horário, ficar uma semana comendo só pizza e macarrrão, quase ser atropelada praticamente todas as vezes que queria atravessar a rua por causa da mão contrária (bom, quem me conhece sabe que mesmo no Brasil isso já acontecia, aqui então vcs imaginam...). Acho que só estou viva porque tenho um amigo mexicano que vivia comigo nos primeiros dias e me puxava sempre que eu estava prestes a ser “runed over”... mas enfim, acho que agora me adaptei =)
Dublin é uma cidade muito legal em vários aspectos. Pra mim, os dois problemas são: o clima, e a quantidade imensuravelmente imensa de brasileiros. Ainda mais no centro que é onde eu moro, vc sai na rua, no supermercado, na feira, no shopping, em todo lugar tem gente falando português. É incrível.
Mas isso vai muito da pessoa também, porque é muito fácil vc entrar num grupo brasileiro e morar com eles, sair com eles, andar com eles o tempo inteiro. Aqui todos estão querendo fazer amigos, por isso a gente se pega muito rápido, e com certeza seus melhores amigos serão brasileiros, mas tem que fazer um (enorme) esforço pra FUGIR deles (!!!!) e tentar se enturmar também com estrangeiros. Isso porque aqui tem muito estrangeiro, de todos os lugares possíveis e imagináveis: Espanha, Itália, Malásia, México (vários), Venezuela, China, Thailândia, Polônia,  Rússia (!!!), enfim, de tudo quanto é lugar. E todo mundo falando inglês e se comunicando juntos, isso é muuuito legal.
Eu me mudei pra meu novo apartamento faz 2 dias. Procurei um lugar onde moro só com estrangeiros que nunca vi na vida, um casal (um irlandês e uma polonesa) e uma moça da Eslováquia, com quem eu divido o quarto. Mas ainda bem que eles têm sido bem simpáticos comigo, e aqui é tudo limpinho. (Por incrível que pareça, o povo mais limpo daqui são os brasileiros. Claro que com todas as devidas exceções, mas de modo geral a gte tem o hábito tropical de sempre lavar tudo, esfregar com água, etc, e muitos lugares não tem... =P)
Além disso, fiz uns amigos irishes (irlandeses) mto legais! Muita gente já sabe da história de como os conheci, mas de qq forma essa fica pra depois...
Estou trabalhando temporariamente em um restaurante que fica dentro do complexo do citi (banco). É cansativo mas estou gostando da experiência. A gente começa a dar valor pras coisas à medida que temos experiências que nunca teríamos no Brasil. Teve um dia que fui trabalhar num evento chamado Eletric Picnic catando lixo. Exatamente, catando lixo, e foi uma galera brasileira da minha escola, aí vc via aquele monte de playboyzinhos e patricinhas catando lixo, tomando chuva, levando grito das supervisoras lá, e reclamando, xingando, mas dando risada, fazendo piada, cantando música baiana (hahahahaha)  e se divertindo....
Morar fora é uma coisa que eu sempre quis fazer e agora vejo que eu estava certa: é uma experiência  única. Você vive coisas totalmente novas, vê mundos, culturas, costumes completamente diferentes dos seus e isso é muito bom. Eu já sabia que era pelo que os outros falam, mas vc só sabe o que é depois que vive.
Bom, pouco a pouco vou atualizando as coisas aqui... vcs sabem que eu não sou boa pra essas coisas tecnológicas, então com o tempo vou melhorando o blog, ok?
Muitas saudades de todos!