terça-feira, 31 de maio de 2011

Grand Social brechó




Fui no Grand Social sábado a tarde porque fiquei sabendo disso. The Grand Social é um pub grande, que tem um palco no andar de cima onde rolam vários gigs legais. Mas no sábado a tarde, mais especificamente das 12 às 17h rola uma feirinha, como diríamos no Brasil.  

Isso porque aqui num rola fazer feirinha assim a céu aberto e acho que não preciso explicar o motivo...
Mas enfim, tem bijus, tem hippies fazendo artesanato, e roupas indianas, brechó estilo retrô, discos, livros, comida natureba... o que é igual à MEU PARAÍSO =D

É uma coisa relativamente nova parece que começou mês passado, o que me consolou de só ter ficado sabendo disso agora. Como sempre, quando eu mais preciso, estava sem máquina fotográfica, mas pra quem gosta dessas coisas, vá que vale a pena!

sábado, 28 de maio de 2011

A Frase

Serei sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma para sempre...
(Clarice L.)

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Dublin

Dublin é um lugar completamente diferente de todos os outros. Quando eu ouvi isso,foi como se aquelas palavras só me confirmassem algo que eu já sabia. E elas não vinham de nenhuma agência de turismo, de propaganda de intercâmbio, ou mesmo de outro brasileiro ou sul-americano que veio estudar inglês.
Ela é suíça, já morou na Austrália, viajou para vários lugares, e diz que não sai de Dublin por nada. Porque aqui é isso que a gente vê, quem consegue enxergar: uma cidade onde você encontra pessoas do mundo inteiro, onde todo mundo está envolvido com algo interessante: música, canto, pintura, fotografia, ou alguma forma de manifestação artística. Onde tem milhões de músicos tocando em todos os pubs da cidade todos os dias da semana. Ou até mesmo nas ruas do Temple Bar ou na Grafton Street.
Mais tarde, no Sweeneys, conversando com um irlandês ele disse: Dublin não tem nada para ser especial. O clima é horrível, não temos verão, praias, etc, a infra estrutura da cidade não é aquelas coisas, mas esse lugar é especial por isso aqui. E isso não se explica, todo mundo que está aqui sabe que existe, mas só a pessoa vivendo aqui e percebendo por ela mesma.
O que é isso, algum tipo de segredo que todo mundo que está aqui sabe, mas não vão te contar??
E eu percebo quantos brasileiros (isso que eu vejo, mas deve acontecer com pessoas de todo o mundo que vêm pra cá) ficam aqui por determinado tempo e vão embora sem perceber isso. Eu sempre gostei de Dublin (com exceção do inverno horrível) mas pra eu sentir isso mesmo foi um processo lento, do qual eu só tenho me dado conta recentemente.
Dentre o final do ano passado e o começo desse ano aconteceu um processo que vários amigos brasileiros, pessoas queridas que eu adoro, foram embora. E como eu não costumo ir nas festas onde se reúnem geralmente mais brasileiros (com exceção de uma) tipo Diceys, Australiano ou Odeon, eu fiquei com bem menos amigos brasileiros. E ao mesmo tempo fui fazendo mais amigos estrangeiros, tanto irishes como de outras nacionalidades, mas que moram aqui faz bastante tempo e estão aqui porque gostam de Dublin.
Com eles, conheci lugares que nunca tinha ido, eventos novos, principalmente de música, porque todos eles se não são músicos, gostam de boa música, e aprendi muito com a história de vida de cada um. Um largou o emprego como contador pra ser baixista profissional, e hoje toca em várias bandas e muito bem por sinal. Ele tem uma história muito bacana:
Começou a estudar piano aos cinco anos de idade, o que é comum entre as crianças irlandesas. Aos 8, ouviu Beatles no rádio e pediu ao professor pra aprender essas músicas. O professor, horrorizado, se negou, dizendo que ele tinha que estudar os clássicos, como vinha fazendo, que rock and roll era "bad music". Diante disso, ele (Jonesy) simplesmente se negou a continuar com as aulas e os pais tiveram que dispensar o professor.
Aos 14 anos ele já ouvia rock, deixou o cabelo crescer, etc, mas nunca mais tinha tocado nada. Eu perguntei como ele escolheu tocar baixo, e ele disse que toda banda tinha uma formação básica: guitarra base, guitarra solo, bateria vocal, e aquele quinto instrumento, que fazia aquele som tão característico, que o intrigava... até que um dia ele chegou para o pai dele e disse que queria tocar baixo. O pai disse: o que? Não menino, vai aprender a jogar futebol, vai. Duas semanas depois, ele voltou e falou que não queria jogar futebol, queria tocar baixo. Tanto insistiu que o pai deu o dinheiro pra ele comprar, e ele se trancou no quarto e começou a transpor tudo o que ele sabia do piano para o baixo... e assim começou... 
Quando ele foi para a faculdade tocava muito pouco, e depois quando começou a trabalhar como contador, menos ainda. Mas segundo ele, uma hora não aguentou mais e largou o emprego para voltar a tocar. Eu tenho um profundo respeito pelas pessoas que fazem isso. E ele ama tanto o que faz, é algo tão visível, que realmente não tem como dizer que ele não nasceu para fazer isso. Além do talento, claro. Quem tem tanto amor por alguma coisa, merece ter o direito de fazer isso para toda a vida...
Mas têm vários outros casos. Outro amigo saiu do colégio e não foi fazer faculdade também porque toca bateria desde os sete anos de idade e sempre soube que era isso que queria fazer. Outro, pediu demissão do seu emprego como engenheiro de software pra montar seu próprio negócio de fotografia. Outra, veio da Suíça pra cá porque quer se dedicar à pintura e sente que aqui é o lugar para isso (mas tem seu emprego normal). Outra, é professora de francês, mas também canta. Um casal que eu adoro, ele trabalha no shopping mas também é bateirista, e por aí vai...
Aqui em Dublin eu tive inspiração para decidir várias coisas sobre a minha vida, e fazer o que sempre quis fazer mas não tinha coragem. E foi também um processo lento, as coisas foram acontecendo de forma que me levaram a essa conclusão. Que era óbvia, na verdade, mas antes eu simplesmente não via. Além de muitas influências externas e etc. Considerando que esse era o principal objetivo da minha viagem, percebo que não poderia ter escolhido lugar melhor pra vir.
Tenho pouco tempo aqui agora. Sei que no momento não posso ficar indefinidamente, por várias razões pessoais, mas vontade não falta. Tenho consciência que vou morrer de saudades desse lugar, dessa viagem e das pessoas maravilhosas que encontrei por aqui.  E estou falando tudo isso aqui porque espero que quem estiver vindo pra cá, ou já está aqui, perceba isso e aproveite ao máximo essa experiência.
Na casa dessa minha amiga Suíça, eu estava ontem na casa dela e ela tem telas espalhadas por todos os lugares. Ela tem um estilo meio quadriculado, que geralmente não me atrai, mas uma delas em especial me chamou a atenção por uma coisa: o olhar. A mulher tinha um olhar pensativo e sonhador como os artistas, mas ao mesmo tempo firme e determinado, como uma pessoa que luta pelo que quer, que persiste e não desiste facilmente. Esse é meu ideal de vida. Gostei tanto da pintura que ela me deu! Ela é tão querida!
Essa com certeza vai pra parede do meu quarto no Brasil...

by Cindy Bissing

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Roma

Sei que tou atrasadíssississima, mas vamos lá. Por partes:
Roma!
Estação de trem

Lá a gente ia ficar de couchsurfing, então lá fomos nós procurar a casa do Lorenzo, que ia nos receber. Chegamos no lugar sem problemas  (já que o Diego tava comigo :D) mas quando chegamos em frente ao prédio me dei conta que não tínhamos o número do apartamento. E lá na verdade o interfone nem era por número, era por nome. Não tinha nenhum Lorenzo, tinha um Lambruso ou algo do tipo, e um botão bizarro escrito Avatar. O Diego ainda brincou: deve ser esse Avatar aqui...  afff até parece, eu disse.
Bom, depois de alguns pequenos problemas de comunicação, o Lorenzo chegou, abriu pra gente e saiu logo em seguida porque tinha que trabalhar, e disse que dali a pouco o flatmate dele ia chegar.  E realmente, um tempinho depois entra um cara que a gente viu na rua indo correr, mas uma figura altamente estranha, falando um inglês todo enrolado, entrou, sentou no chão e pediu pro Diego alongar as costas dele.  A gente se entreolhou pensando algo do tipo “ferrou, olha os malucos que moram aqui!” (Detalhe: o apartamento deles ERA o do botão do Avatar!!)
Mas pra ver como as impressões podem ser erradas. O maluco, que se chama Fábio, é uma das pessoas mais legais que já vi! No mesmo dia ele nos chamou pra jantar com uns amigos que tinham vindo da França – NOTA: sem querer eu comprei os tickets pra Roma justo no dia da beatificação do Papa! Isso significa trucentas milhões de pessoas na cidade!!! 
NAAAAAAAAOOOOOOOOOO  

Mas enfim, fomos numa pizzaria (sim, ESSA pizza era boa,  mas era uma exceção). E acontece que todos que estavam lá falavam italiano, a maioria inglês, mas alguns não falava, bem o inglês e sim o francês. E eu me senti a pessoa mais ignorante do mundo por não falar nem inglês nem francês, thanks very much :P  E eu não sei qual é mais bonito, francês ou italiano... acho que o italiano talvez ganhe por pouco só pelo “cantado”... nas Igrejas qe a gente entrava eu ficava ouvindo as pessoas rezarem em italiano, sem entender patavina, óbvio, mas só pra ouvir a língua, Tão lindo!!!
Mas enfim, depois do jantar fomos levados, segundo eles, na melhor sorveteria de Roma, num lugar que a gente nunca iria encontrar sozinhos! E tinham vários sorvetes diferentes, eu provei um sorvete de chocolate branco com manjericão (Juro!!!!), e acreditem se quiser, era bom!!



Diego, Fábio e eu andando a noite
Depois disso o Fábio nos levou num walking tour noturno, pra gente ver as praças e as fontes iluminadas, e ficamos andando até quase 2h da manhã! Sooo sweet! J
Tour noturno


No dia seguinte fomos turistar, claro. Primeira parada: Coliseu
A fila tava meega gigante, como disse a cidade tava entupida de turistas, e aí vieram anunciar que se pagássemos 5 euros a mais podíamos cortar a fila e entrar com um walking tour. Lá fomos nós, mas o tour era tão chato que abandonamos a guia ( de novo!), fizemos nossos vídeos e fotos e fomos embora.
Coliseu


Piaza di Spagna


Tava chovendo esse dia, foi o único dia que o tempo tava ruim, e compramos umas capas de chuva que pareciam um sanito daqueles azuis claros com um buraco em cima, mas tudo bem. Fomos no Palatino, passamos em frente o foro romano, e fomos encontrar o Fábio e os franceses pra almoçar. Fomos num achado, um restaurante pequenininho, super tradicional, onde você pagava 8 euros pela refeição, com direito a entrada e cafezinho depois...

Capa de sanito
Ok. Aqui tenho que fazer mais uma ressalva. O Diego é extremamente fresco pra comer. Não gosta de mil e uma coisas e, dentre elas, tomate. Como que pode uma pessoa não gostar de tomate??  Quando ele disse isso aos italianos, quase que ele foi expulso do país... foi pior que falar pra um irlandês que você não gosta de Guiness, ou pra um gaúcho que não come carne (experiência própria!).
Mas enfim, aconteceu qe fomos nesse restaurante e o Fábio pediu os pratos pra gente sem nos avisar, querendo ser gentil e pedir o que eles tinham de melhor. Eu já tinha falado pra ele que não comia carne, mas o Diego não falou nada do tomate. Aí vieram as entradas, que eram Bruschetas (muuuito boas por sinal, com um azeite diferente e manjericão fresco) e o Diego não quis porque falou que não comia tomate. Depois dele quase ser expulso do restaurante, o Fábio só disse.. oh oh! E chegou o prato do Diego, macarrão regado a tomates!
Ele, no maior esforço do mundo, comeu o macarrão parecendo que estava sendo torturado. Virava a cara pra ponta da mesa e fazia careta! E como o prato dele tinha bacon eu não podia trocar com ele, e, sooo sorry, mas o meu prato estava divino! Um molho com diferentes tipos de queijo e ervas, maravilhosamente combinados. Muito bom mesmo.



Mas aí o Diego saiu amarelo do restaurante e ficou a tarde inteira meio que enjoado. (Olha o tamanho da frescura, tudo por causa de uns tomatinhos...  – ele vai querer me matar por isso! Hahaha)  Nessa tarde o Fábio ainda nos levou pra vários lugares, Igrejas, o Pantheon, várias praças, Roma é aquela coisa que a cada esquina surge um pedaço de história, parece que você está andando num museu a céu aberto. Fomos na Fonte de Trevi, onde você joga uma moeda pra um dia voltar em Roma... claro que eu joguei!

Fontana de Trevi

A noite o Lorenzo cozinhou pra gente (mais macarrão!! Rsrsrs) muito bem por sinal, um penny com tomates (eles não usam molho pronto, eles colocam os tomates mesmo) fritos no alho, regados a azeite e manjericão fresco (e um de queijo separado pro Diego =P ) e depois fomos pra uma festa. Eles perguntaram se a gente queria sair e dissemos que sim, claro, só que depois eles disseram que iam nos levar pra uma festa brasileira onde tava tocando uma banda de Porto Alegre.
OMG! Naaaaooooo!!! A última coisa que eu queria era ir pra uma festa brasileira na Itália. Pelamordedeus, queria festa italiana!! Eu queria morrer essa hora, porque como que eu ia dizer isso pra eles? E a gente estava literalmente andando por 12 horas sem parar, completamente exaustos, e trocar a caminha confortável por uma festa de gaúchos era a morte!!
Mas enfim, fomos. Chegamos lá e eu amei o lugar! Não era uma festa brasileira, apesar da banda ser realmente de Porto Alegre, e era o lugar mais underground, mais alternativo de Roma, pelo que me falaram depois. Aí eu cheguei e logo depois fui no banheiro, e era misto, homens e mulheres juntos, então tava todo mundo esperando na fila e um brasileiro veio falar comigo.
Perguntou se eu era brasileira, onde que eu tava morando, etc, etc, e eu perguntei pra ele se era uma festa brasileira. Ele disse que não, e eu falei:
- Mas tava tocando uma música em português quando eu cheguei, com um refrão falando de banho frio e não sei mais o que...
Ele disse:
_  Ah sim, legal a música né?
_ Sinceramente, eu não gostei não, não gostei dessa banda – eu respondi.
Dois minutos depois chega um amigo dele e fala: Na, então, eu e ele tocamos na banda que tava tocando aí, a gente tá só no intervalo....
Muuuito bom.....
E o pior é que nem tinha jeito mais de consertar. Eu só comecei a rir... e o menino ainda virou e falou que na segunda parte eles iam tocar só Beatles, que seria legal, pra eu ficar pra segunda parte do show, e blá blá blá... hahahahaha
No dia seguinte era o dia da beatificação do Papa, e o Diego que é muito católico queria ir. O problema foi tirar ele da cama.... mas enfim, ele foi lá mas não ficou nem meia hora porque não conseguiu chegar nem perto do telão, que ficava a sei lá quantos quarteirões antes do Vaticano... parece que por 2 minutos ele conseguiu ver 1/3 do telão...
Enfim, mas a viagem foi perfeita. A Itália é bela, belíssima!!!

(E MORRO de saudades dos sorvetes!!!!)

sábado, 14 de maio de 2011

Florença

Ok, vamos lá… Florença…
No trem..

Linda também! Ficamos num hostel bem no centro, perto de praticamente tudo o que queríamos ver. Fizemos um Free Tour altamente fracassado!! Não consegui achar na Itália a mesma empresa que fui Em Londres e em Paris, que é muito boa. Nessa, o guia era extremamente monótono e a gente simplesmente desertou o tour =P
A Itália é um Museu a céu aberto, cada praça, igreja, prédio que andamos é um pedaço de história. Mas como sempre eu prefiro coisas simples... o que mais gostei em Florença foi uma ponte que não consigo lembrar o nome agora, mas que é muito linda. Ali vi um dos “sunsets” mas lindos da minha vida...
sunset

A noite ficou um músico tocando guitarra e cantando, e muitas pessoas assistindo. Tinha uma mulher muito louca, não sei o que ela tinha tomado, mas ela ficava pulando e dançando freneticamente. Dali a pouco ela começou a puxar as pessoas pro meio da rua e, quando vimos, tinham uns 50 pulando e dançando!!! Foi muito divertido =D
Depois a galera foi embora e ficaram só os odiados happy couples e os vendedores de rosa que vinham de 5 em 5 segundos, assim como em Veneza,  querendo vender rosas achando que eu e o Diego éramos um casal. E ele, coitado, ficou tão compadecido do meu crescente estado de depressão que meu deu uma pra me consolar... hahahahahaha

AVISO  - Cuidado com o golpe do waffle!!!
Na rua que vai pra essa ponte tem um lugar que uma moça faz waffles na hora, aí todo mundo que vê aquelas formas com waffles quentinhos, saindo fumaça, se interessa, porque eles têm uma cara muuuuito boa. Aí acontece o seguinte diálogo:
- Quando é o waffle?
-Depende, com nutella ou com sorvete?
- Hmmm, sorvete.
- De que sabor?
- De straciatella.
Aí ela num minuto monta um waffle gigante, com duas camadas de biscoito, cobertura de sorvete e te entrega.
- Mas quanto é?
- 15 euros.
O QUE???
Se você é bobinho como a gente, você vai pagar, porque a mulher já fez tudo e tals... se você for mais esperto você pode dar as costas e ir embora... rsrsrs  Acho que essa foi a coisa mais cara que a gente comeu na Itália!! E realmente o negócio é gostoso, mas enfim... não quero mais falar sobre isso...rsrsrsrs
The 15 euro waffle

No segundo dia em que estávamos no hostel, uma brasileira que encontramos lá veio me perguntar como era o banheiro. Eu disse que era razoável, ela perguntou se o chuveiro tinha água quente e eu disse que sim, e ela falou que então beleza. O Diego ficou olhando assim, esperou a gente sair de perto da menina e sairmos do hostel e perguntou:

(Ressalva: vários banheiros aqui na Europa são com a banheira embaixo do chuveiro, então tem uma torneira que enche a banheira e um pininho em cima, se você puxa o pininho, a água sai pelo chuveiro, senão ela sai pela torneira) Isso explicado, eis a pergunta:

- Maria, então, no banheiro do hostel, a gente tinha que abaixar mesmo pra tomar banho, porque a água só saía pela torneira mesmo?   ...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Tipo, imagina a cena do Diego, que é alto, se baiaxando todo, tipo, esfregando a banheira do hostel, pra lavar o cabelo na torneira!!!!! Quando eu consegui parar de rir (e pela minha risada ele já tinha percebido que tinha feito bobagem, claro) e perguntei porque ele num foi falar comigo antes pra confirmar, ele disse:  ah, eu pensei que se vc tinha tomado banho assim, eu também poderia tomar, que era espírito de aventura, hostel, coisas da Europa e tals.... hsuahsuahsuahsuahsaushuash

Tipo, e nem encosto na banheira, entro de chinelinho, toda nem querendo encostar em nada, e ele deitou na banheira e ficou tomando banho na torneira... hahahahahaha


Bom, mais tarde fui fazer essas caricaturas e retratos que as pessoas fazem assim na rua, na hora. Eu tentei fazer em Paris mas acabou não dando tempo, então fui fazer em Florença. Coisa importante também para constar:
Os retratos que os desenhistas expõem são sempre muito mais bonitos dos que eles fazem na hora. Eu não gostei muito do meu. A caricatura ficou legal, eu gostei, mas o retrato não. Depois dei uma olhada nos outros que eles tavam desenhando na hora e achei o mesmo. Eles fazem em 20 minutos, sendo que o que eles expõem deve levar uma hora pra eles fazerem...
E foi hilário porque eu falei pro desenhista assim:
- Olha, eu estou morando há 9 meses na Irlanda e engordei 10 quilos. Então eu preciso que você me desenhe magra, porque se você me fizer com essa cara de bolacha eu não vou comprar! Hahahaha
Aí ele veio falar que não, que eu não estava gorda, que estava “super sexy”, que brasileiras são bonitas e ... e... ele não falava muito bem inglês eu acho, e começou a misturar com espanhol, italiano, e falou assim... caliente, Yes? calientes? Como forno! Pfffffffffff 
Ir pra Itália pra ouvir que se e caliente como um forno é demais. Ninguém merece...



quinta-feira, 12 de maio de 2011

Share

Fui em uma outra Open Mic Night, dessa vez pra cantar também, e cheguei mais cedo pra conversar com o Sean. Sean é um senhor de, deixa eu pensar, deve ter uns 50 anos, que organiza o evento, e também toca, canta e compõe muito bem.  Vi que ele e mais umas quatro ou cinco pessoas chegam cedo, arrumam o lugar, fazem o teste de som, de iluminação, organizam as coisas, etc. Toda semana.
Durante o evento, o Sean tira fotos e grava vídeos de todos os participantes e, no máximo, dois dias depois está tudo disponibilizado na página do evento.  As fotos ele coloca na madrugada do mesmo dia. Ele tem o cuidado de pegar os dados de cada um, colocar uma resenha sobre o músico, etc.
E tudo isso pelo que? Pela satisfação, pelo prazer, porque por dinheiro não é. Ninguém ganha nada com isso, pelo contrário, todo mundo que entra ali paga 50 cents que, depois, junto com outras doações, vão para caridade.
Eu tenho aprendido muito com determinadas coisas aqui. Essa é uma delas. Pessoas fazerem por fazer, sem esperar receber, e isso me dá vontade de fazer alguma coisa também.
Um outro exemplo que me tocou recentemente. Sei que ainda não falei disso aqui no blog e estou meio que atropelando as coisas, mas... whatever. Ficamos de couchsurfing numa casa em Roma, e as pessoas foram tão atenciosas com a gte que fiquei até constrangida. Assim que chegamos um deles nos levou pra jantar com os amigos dele num lugar ótimo, depois levou a gte num tour de madrugada, até duas horas da manhã pra visitar as praças e fontes iluminadas... no dia seguinte a tarde de novo, ficou quase 3h caminhando com a gente e nos levando nos lugares que ele com certeza já enjoou de ver, dando explicações, procurando dados no Google pra nos dizer, tirando fotos nossas, etc.
Nos levou nos melhores lugares pra comer, pra tomar sorvete, a noite e no dia seguinte o flatmate dele cozinhou pra gente, ainda perguntou o que queríamos comer, saiu pra comprar, uma coisa assim tão gentil! Ainda nos levaram numa festa a noite, enfim, uma coisa que eu fiquei impressionada. E eu pensei como que eu ia poder agradecer, e percebi que não havia como eu retribuir o que eles fizeram por mim, porque eu muito prrvavelmente não vou recebê-los no Brasil. Eles fizeram sem esperar nada em troca mesmo, e o que eu posso fazer é fazer o mesmo por outras pessoas, e se essas pessoas pensarem o mesmo, podem fazer isso com outros e assim cria-se uma rede de colaboração, de troca, de experiências. E eu finalmente entendi o espírito do couchsurfing que eu via tantas pessoas falando, que não é só acomodação grátis, é uma questão de “share”, de compartilhar, de contribuir.
É o mesmo que eu vi nas pessoas que organizam os eventos de música, eles sabem que muitas pessoas vão lá pra divulgar um show, um site, e acabou, que muitos não valorizam, assim como no couchsurfing, muitos querem apenas dormir de graça e acabou, e mesmo assim eles continuam fazendo, porque um dia provavelmente essas pessoas vão entender. E vão começar a fazer o mesmo, e assim a rede vai crescendo.
Não sei se consegui ser clara o suficiente, provavelmente não porque é sempre muito difícil explicar e colocar em palavras algo que se está sentindo. Mas o que estou vendo é que esse intercâmbio vale muito a pena. Por várias razões. E essa com certeza é uma delas.

The 50cent Session - Cafe des Irlandais

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Veneza

Ahhhh..... Veneza!!



Podem me dizer o que for, mas gostei mais de Veneza do que de Roma ou de Florença. É que Veneza não precisa ter nenhuma atração turística, nenhum museu, nenhuma Igreja, nenhuma praça, nada disso. Só aquelas ruazinhas estreitas - uma cidade que não passa carros! - aqueles canais com aquelas pontezinhas, as gôndolas com seus cantores, os restaurantes com mezinhas a luz de velas, os postes refletindo no rio.... já é um espetáculo tão encantador que dispensa todo o resto! A sensação que se tem em Veneza é que poderíamos ficar eternamente andando pelas ruazinhas, sem enjoar nunca...








Mas enfim, quando cheguei em Veneza, tinha que encontrar o Diego, que ia viajar pela Itália comigo, e que já estava na cidade desde cedo. Eu cheguei a tarde. Combinamos o lugar e ele me mandou uma mensagem dizendo: cuidado pra não se perder. Isso aqui é um labirinto!

Veja bem...

Comprei um mapa bem grande pra não me perder, e bora procurar a tal da ponta Accademia, onde combinamos de encontrar. No começo até que tava indo bem, mas um tempo depois ou eu estava ficando louca ou aquele mapa estava errado, e lá fui eu pedir informação pra uns e outros, errar o caminho umas e outras vezes, e meros 40 min depois eu consegui chegar! (Como disse o Diego, quando ele viu uma pessoa atravessando a ponte brigando com um mapa gigante pensou: Só pode ser a Maria.  Thanks very much...)

Aqui preciso fazer uma ressalva: Antes deu contar todas as coisas engraçadas que ele fez durante a viagem, tenho que dizer que o Diego é um ótimo guia. A partir do momento em que encontrei com ele, foi a única viagem que eu nunca mais me perdi! Porque eu e a Cris em Paris, veja bem, a gente conseguiu se perder até pra voltar pro hotel, que a gente já estava de manhã, porque descemos do outro lado da estação de metrô e o nosso cérebro não absorveu essa informação.... =P    Mas na Itália, eu falava: Quero ir pra tal lugar, e entregava o mapa pra ele! Bom, né? rs


Mas enfim, nos instalamos no hostel e saímos pra passear. Tava uns 28 graus, eu de vestido e havaianas, imagina!!! Quanto tempooooooo!!... Me sentindo o máximo naquele verão italiano, passeando a beira mar e... claro, tomando muitos sorvetes!!!



Eu já disse, descobri a cura pra TPM: três gelatos italianos por dia! =D

Sério, o sorvete é barato e incrivelmente bom! Principalmente o de Veneza.

No dia seguinte estávamos andando e eu senti uma coisa caindo assim e... quando olho pra cima, só vejo a bundinha do pombo pra fora do telhado. Adivinhem: exatamente, ele fez cocô no meu pé =P (Pelo menos foi no pé né...)  Enfim, vim do Brasil pra levar cagada de pombo na Europa, mas... tá valendo! É um pombo europeu....

No segundo dia tivemos que mudar de quarto no hostel porque fizemos a segunda reserva lá, e o Diego muito esperto esqueceu o tênis no quarto anterior e, obviamente, quando ele voltou não estava mais lá. Depois dele ficar a noite inteira choramingando que tinha perdido o tênis, o staff achou no dia seguinte porque o cara que limpa os quartos tinha guardado... (Ainda bem que era Europa, porque se fosse no Brasil... adios tênis...)


Hostel

A noite fomos numa praça que têm vários restaurantes, e todos com música ao vivo, e era engraçado porque a maioria das pessoas nem ia nos restaurantes, ficava na praça só ouvindo a música. Aí quando um dos restaurantes parava de tocar, o outro começava, e todo mundo se movia pro outro lado, e assim por diante... Num deles, onde tinha uma banda bem legal, um casal de velhinhos começou a dançar todo empolgado ( a gente fez o vídeo disso, vou ver se acho e posto aqui também) e todo mundo abriu a roda e ficou batendo palmas, a coisa mais fofa os dois! Quando ficar velhinha quero ser que nem eles... rs

No nosso último dia não demos muita sorte no restaurante (porque os 2 anteriores foram muito bons!) e o macarrão veio altamente esquisito... =P Mas tinham uns passarinhos que ficavam vindo roubar comida dos pratos das pessoas, a coisa mais bonitinha. Depois de muito esforço consegui que um deles viesse roubar macarrão do meu prato, daí ele saiu voando com um fio de macarrão no bico, mas derrubou no meio do caminho..

Bom, meu único PORÉM sobre Veneza, principalmente para as mulheres é que, se você não é realmente muito forte, mas muito forte mesmo, não vá sozinha. De verdade. Veneza é a capital do romantismo, o lugar com a maior concentração de casais felizes por metro quadrado, então é aquela coisa que você não sabe se admira a ponte, ou se você se joga dela...

Então, se tiver qualquer pretendente por perto, leve com você!  #ficadica



terça-feira, 10 de maio de 2011

É disso que eu estou falando...

Hoje é terça-feira. Eu fui numa Open Mic Night (que já mencionei aqui como é) e minhas amigas cantaram. Depios ficamos lá mais um tempo e várias pessoas interessantes cantaram também. Nisso, encontramos um francês que quer morar no Brasil que conhecemos numa festa, e ele também veio conversar com a gente. Estávamos eu, brasileira, uma menina da Bélgica, esse francês, uma húngara, um irlandês e uma suíça.

Depois disso fomor pro pub do lado onde fizeram uma coisa muito massa. Era um karaokê com banda ao vivo! A banda tinha uma lista de músicas que a pessoa escolhia e subia no palco pra cantar com eles. E eu óbvio que fui lá cantar, mas não conhecia nenhuma das músicas que eles tinham listado. Não satisfeita, ui falar com o cara da banda dizendo que queria cantar Should I Stay or Should I go, e eles tiraram a música na hora pra mim, e eu subi no palco e cantei. Foi muito legal!

Vou morrer de saudades disso.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Paris - segunda parte

Vamos lá então, continuando…. No dia seguinte meus tios me levaram pra Chartre, que é uma cidade lá perto onde o Dênis, filho dele, estava fazendo uma prova de direção. Lá tem uma Catedral que chama Notre Dame de Chartre, que tem várias semelhanças com a Notre Dame de Paris, mas tava reformando então num dava pra entrar.
Uma coisa que se nota por aqui: TUDO está em reforma na Europa!! Desde Barcelona, Amsterdam, Paris, todos os lugares que eu fui na Itália, as coisas tão cheia de andaimes, e etc... será que eles fazem isso pra parecer que tudo está eternamente em reforma???
Mas enfim, a cidade é um amor, e comemos num lugar lindo, em pleno terraço. Na volta tinham vários campos de Kolsa, ou sei lá como escreve isso, não achei, que é essa florzinha amarela, a perder de vista...

Aí, chegou a Cris! (Ela foi dois dias depois de mim) e pra começar, ela imprimiu o anexo do e-mail que enviei pra ela (que era o mapa da casa) mas não viu o corpo do e-mail onde tinha tudo explicado direitinho como chegar na casa. E ela ainda resolveu começar andando e levou 200 horas pra chegar... =P
Mas anyway, como boas turistas que somos, fomos no final da tarde na Torre Eiffel pra subir com ela iluminada. Final da tarde diga-se quase 10 da noite, porque tá anoitecendo mais de 9 horas, e lá fomos nós ver a torre iluminada e tals, e... pegar fila. Depois de mais de duas horas na fila, finalmente chegou a nossa vez!!! Eee..... o terceiro andar tava fechado.
Cooooomo assim?!?!?
Acontece que o topo fecha as 10:30h e ninguém avisa!!! Como que pode uma coisa dessas??
E não podia comprar ingresso antecipado pro dia seguinte nem nada disso, ou seja: nos ferramos. E a atendente ainda disse que no final de semana ia ter meeega busy porque era feriado de Páscoa então se quiséssemos subir até o topo era bom chegar bem cedo.
Bom, saímos da fila e pegamos uma outra que era pra subir de escada (bem mais barato) até o segundo andar, pra pelo menos vermos lá de cima. Subimos os trocentos degraus, chegamos lá em cima colocando o pulmão pra fora já, lá pela meia noite, e.. ai que lindo! Pronto, vamos embora!!! =P
Subindo a Torre Eiffel de escada =P

Dia seguinte: 9 da manhã estamos na Torre Eiffel. E a fila está dobrando o quarteirão. Sério, a espera deveria ser de umas 7 horas. Sem chance, vamos embora.
Fomos no Louvre e, lógico, no turistasfeelings fomos correndo ver a Mona Lisa. Decepção, como todo mundo: tantos quadros no Louvre do tamanho de paredes, painéis gigantescos, e todo mundo se atropelando pra ver um quadrinho  de 77x53cm =P
E ainda com 347 mil japoneses amontoados tirando foto. Sério, nessa hora dá vontade de dar uma de louca e sair matando todo mundo!  Eles não se contentam em tirar uma, duas, cinco fotos, nãaaooooo tem que tirar umas 50!! Sem brincadeira, isso é de despertar instintos homicidas em qualquer um!!
Mas, whatever, além da Mona Lisa vi algumas outras obras que queria muito ver, como a escultura de Maria Madalena e a do Beijo do Amor. Além do quadro de Da Vinci, a Vitória e várias pinturas italianas muito lindas!
Psique acordada pelo beijo do amor


Vitória

Maria Madalena

Ahhhhhh eu entrei de grátis no Louvre!!! Nossa, foi uma felicidade inexplicável!! =D
Desculpa, só pra quem pode... hahahahahaha.. mas qualquer um pode se tiver menos de 26 anos e morar na Europa... ainda bem que fui esse ano, era meu último! =)
Mas enfim, depois fomos turistar à vontade!  Notre Dame, Moulan Rouge (só tirar foto na frente neh...vida de pobre... rsrsrs) Café da Amelie Poulain (eu pareço com ela!!!! Pelo menos é o que as pessoas estão falando, então se vc achar o contrário, guarde sua opinião pra vc =PP)
Eu e minha irmã =)

Quase pelada nesse vento do Moulan Rouge! rsrsrs

Até que no dia seguinte, madrugamos total, umas 6 da manhã, e borá pra Torrei Eiffel! Fomos as segundas da fila!!! (Tudo bem que tivemos que ficar lá plantadas esperando até as 9:30h pra abrir, mas valeu a pena!!)
No começo da fila!

Lá em cima!

A minha única nódoa na lembrança de subir na Torre Eiffel foi a Cris, que tinha ido no pagode em Dublin (isso que dá deixar as amigas sozinhas....) e, a gente descendo do elevador, eu ainda no êxtase da coisa, e ela me vem cantar a música:  e vai descendo, descendo, .... (pra quem não sabe – se você tem a sorte de não saber, pense duas vezes antes de clicar aqui!!! http://www.youtube.com/watch?v=qjnZM91zaVg&feature=related)
Aí depois a porcaria da música não saía da minha cabeça, claro, como toda música ruim, mas em Paris?!?!?! Ninguém merece...