quinta-feira, 19 de maio de 2011

Roma

Sei que tou atrasadíssississima, mas vamos lá. Por partes:
Roma!
Estação de trem

Lá a gente ia ficar de couchsurfing, então lá fomos nós procurar a casa do Lorenzo, que ia nos receber. Chegamos no lugar sem problemas  (já que o Diego tava comigo :D) mas quando chegamos em frente ao prédio me dei conta que não tínhamos o número do apartamento. E lá na verdade o interfone nem era por número, era por nome. Não tinha nenhum Lorenzo, tinha um Lambruso ou algo do tipo, e um botão bizarro escrito Avatar. O Diego ainda brincou: deve ser esse Avatar aqui...  afff até parece, eu disse.
Bom, depois de alguns pequenos problemas de comunicação, o Lorenzo chegou, abriu pra gente e saiu logo em seguida porque tinha que trabalhar, e disse que dali a pouco o flatmate dele ia chegar.  E realmente, um tempinho depois entra um cara que a gente viu na rua indo correr, mas uma figura altamente estranha, falando um inglês todo enrolado, entrou, sentou no chão e pediu pro Diego alongar as costas dele.  A gente se entreolhou pensando algo do tipo “ferrou, olha os malucos que moram aqui!” (Detalhe: o apartamento deles ERA o do botão do Avatar!!)
Mas pra ver como as impressões podem ser erradas. O maluco, que se chama Fábio, é uma das pessoas mais legais que já vi! No mesmo dia ele nos chamou pra jantar com uns amigos que tinham vindo da França – NOTA: sem querer eu comprei os tickets pra Roma justo no dia da beatificação do Papa! Isso significa trucentas milhões de pessoas na cidade!!! 
NAAAAAAAAOOOOOOOOOO  

Mas enfim, fomos numa pizzaria (sim, ESSA pizza era boa,  mas era uma exceção). E acontece que todos que estavam lá falavam italiano, a maioria inglês, mas alguns não falava, bem o inglês e sim o francês. E eu me senti a pessoa mais ignorante do mundo por não falar nem inglês nem francês, thanks very much :P  E eu não sei qual é mais bonito, francês ou italiano... acho que o italiano talvez ganhe por pouco só pelo “cantado”... nas Igrejas qe a gente entrava eu ficava ouvindo as pessoas rezarem em italiano, sem entender patavina, óbvio, mas só pra ouvir a língua, Tão lindo!!!
Mas enfim, depois do jantar fomos levados, segundo eles, na melhor sorveteria de Roma, num lugar que a gente nunca iria encontrar sozinhos! E tinham vários sorvetes diferentes, eu provei um sorvete de chocolate branco com manjericão (Juro!!!!), e acreditem se quiser, era bom!!



Diego, Fábio e eu andando a noite
Depois disso o Fábio nos levou num walking tour noturno, pra gente ver as praças e as fontes iluminadas, e ficamos andando até quase 2h da manhã! Sooo sweet! J
Tour noturno


No dia seguinte fomos turistar, claro. Primeira parada: Coliseu
A fila tava meega gigante, como disse a cidade tava entupida de turistas, e aí vieram anunciar que se pagássemos 5 euros a mais podíamos cortar a fila e entrar com um walking tour. Lá fomos nós, mas o tour era tão chato que abandonamos a guia ( de novo!), fizemos nossos vídeos e fotos e fomos embora.
Coliseu


Piaza di Spagna


Tava chovendo esse dia, foi o único dia que o tempo tava ruim, e compramos umas capas de chuva que pareciam um sanito daqueles azuis claros com um buraco em cima, mas tudo bem. Fomos no Palatino, passamos em frente o foro romano, e fomos encontrar o Fábio e os franceses pra almoçar. Fomos num achado, um restaurante pequenininho, super tradicional, onde você pagava 8 euros pela refeição, com direito a entrada e cafezinho depois...

Capa de sanito
Ok. Aqui tenho que fazer mais uma ressalva. O Diego é extremamente fresco pra comer. Não gosta de mil e uma coisas e, dentre elas, tomate. Como que pode uma pessoa não gostar de tomate??  Quando ele disse isso aos italianos, quase que ele foi expulso do país... foi pior que falar pra um irlandês que você não gosta de Guiness, ou pra um gaúcho que não come carne (experiência própria!).
Mas enfim, aconteceu qe fomos nesse restaurante e o Fábio pediu os pratos pra gente sem nos avisar, querendo ser gentil e pedir o que eles tinham de melhor. Eu já tinha falado pra ele que não comia carne, mas o Diego não falou nada do tomate. Aí vieram as entradas, que eram Bruschetas (muuuito boas por sinal, com um azeite diferente e manjericão fresco) e o Diego não quis porque falou que não comia tomate. Depois dele quase ser expulso do restaurante, o Fábio só disse.. oh oh! E chegou o prato do Diego, macarrão regado a tomates!
Ele, no maior esforço do mundo, comeu o macarrão parecendo que estava sendo torturado. Virava a cara pra ponta da mesa e fazia careta! E como o prato dele tinha bacon eu não podia trocar com ele, e, sooo sorry, mas o meu prato estava divino! Um molho com diferentes tipos de queijo e ervas, maravilhosamente combinados. Muito bom mesmo.



Mas aí o Diego saiu amarelo do restaurante e ficou a tarde inteira meio que enjoado. (Olha o tamanho da frescura, tudo por causa de uns tomatinhos...  – ele vai querer me matar por isso! Hahaha)  Nessa tarde o Fábio ainda nos levou pra vários lugares, Igrejas, o Pantheon, várias praças, Roma é aquela coisa que a cada esquina surge um pedaço de história, parece que você está andando num museu a céu aberto. Fomos na Fonte de Trevi, onde você joga uma moeda pra um dia voltar em Roma... claro que eu joguei!

Fontana de Trevi

A noite o Lorenzo cozinhou pra gente (mais macarrão!! Rsrsrs) muito bem por sinal, um penny com tomates (eles não usam molho pronto, eles colocam os tomates mesmo) fritos no alho, regados a azeite e manjericão fresco (e um de queijo separado pro Diego =P ) e depois fomos pra uma festa. Eles perguntaram se a gente queria sair e dissemos que sim, claro, só que depois eles disseram que iam nos levar pra uma festa brasileira onde tava tocando uma banda de Porto Alegre.
OMG! Naaaaooooo!!! A última coisa que eu queria era ir pra uma festa brasileira na Itália. Pelamordedeus, queria festa italiana!! Eu queria morrer essa hora, porque como que eu ia dizer isso pra eles? E a gente estava literalmente andando por 12 horas sem parar, completamente exaustos, e trocar a caminha confortável por uma festa de gaúchos era a morte!!
Mas enfim, fomos. Chegamos lá e eu amei o lugar! Não era uma festa brasileira, apesar da banda ser realmente de Porto Alegre, e era o lugar mais underground, mais alternativo de Roma, pelo que me falaram depois. Aí eu cheguei e logo depois fui no banheiro, e era misto, homens e mulheres juntos, então tava todo mundo esperando na fila e um brasileiro veio falar comigo.
Perguntou se eu era brasileira, onde que eu tava morando, etc, etc, e eu perguntei pra ele se era uma festa brasileira. Ele disse que não, e eu falei:
- Mas tava tocando uma música em português quando eu cheguei, com um refrão falando de banho frio e não sei mais o que...
Ele disse:
_  Ah sim, legal a música né?
_ Sinceramente, eu não gostei não, não gostei dessa banda – eu respondi.
Dois minutos depois chega um amigo dele e fala: Na, então, eu e ele tocamos na banda que tava tocando aí, a gente tá só no intervalo....
Muuuito bom.....
E o pior é que nem tinha jeito mais de consertar. Eu só comecei a rir... e o menino ainda virou e falou que na segunda parte eles iam tocar só Beatles, que seria legal, pra eu ficar pra segunda parte do show, e blá blá blá... hahahahaha
No dia seguinte era o dia da beatificação do Papa, e o Diego que é muito católico queria ir. O problema foi tirar ele da cama.... mas enfim, ele foi lá mas não ficou nem meia hora porque não conseguiu chegar nem perto do telão, que ficava a sei lá quantos quarteirões antes do Vaticano... parece que por 2 minutos ele conseguiu ver 1/3 do telão...
Enfim, mas a viagem foi perfeita. A Itália é bela, belíssima!!!

(E MORRO de saudades dos sorvetes!!!!)

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