segunda-feira, 22 de novembro de 2010

New year with new life...

Sabe quando você encontra uma pessoa pela primeira vez e sente uma afinidade quase que instantânea? Um sentimento que simplesmente acontece, uma energia que vem da pessoa, do lugar, do momento, algo que te faz sentir confortável, “em casa”, sem nenhuma tensão ou desconforto?
Eu sempre sinto uma diferença quando conheço uma pessoa nova, com maior ou menor intensidade, dependendo do caso. Na maior parte das vezes, pela primeira conversa eu já sei se seremos amigos ou não, porque com determinadas pessoas cria-se uma barreira quase palpável, um desconforto quase físico.  Com outras, existe uma situação mais ou menos neutra, às vezes um pouco mais pra lá ou pra cá, mas nada marcante. Já com algumas, estabelece-se uma relação ampla, agradável, que flui leve e solta.  Pois bem, foi esse o sentimento que tive quando conheci Eleonor, de uma família Irish.
Algumas coisas me fizeram começar a procurar emprego como au pair. Inicialmente não foi com essa intenção que eu vim pra Dublin, mesmo porque várias pessoas reclamam sobre morar com famílias, estabelecer esse vínculo, e eu pensava realmente em trabalhar, estudar e dividir apartamento com outros estudantes.
Pois bem, primeiro que conseguir um bom emprego, ainda mais com a crise que está aqui, não é uma coisa fácil. Tem. Tem até uma boa quantidade, mas tem muito mais gente procurando. Além do quê, eu preciso estudar, porque a gente percebe que aprendemos mais fora da escola do que nela, mas aprendemos o inglês coloquial, várias vezes coisas erradas inclusive, então pra efeito de provas, Cambridge, etc, tem que estudar mesmo, não tem jeito. Gramática, principalmente.
Então, se eu fosse trabalhar full time e ir pra escola a noite, ficaria muito difícil conseguir estudar, porque finais de semana.... veja bem... eu não estudo. Não adianta tentar me enganar. E pra trabalhar part time, na minha opinião vale mais a pena ficar de eu pair, porque tem a parte do intercâmbio cultural que conta muito pra mim. É bem diferente quando vc mora com uma família daqui, pelo que outras au pairs me falaram. Se a família é legal, pode ser bem interessante.

Além do quê, o inverno está chegando...... tá ficando cada vez mais frio, ventoso e chuvoso.... (ai que deprimente!!! rsrs)  e eu estou na tendência urso.com: ibernar! E na casa de família posso deixar o aquecedor ligado o dia inteiro, tomar longos banhos de água quente a qualquer hora do dia sem me preocupar com a conta de energia elétrica que costuma dobrar nessa época do ano, meu trabalho é dentro de casa e eu tenho uma suíte só pra mim, com TV e aparelho de DVD! Hahahahaha... confortos que o inverno torna mais preciosos!
Pois bem, tinha visitado duas famílias antes dessa. As pessoas tinham sido bem simpáticas, do tipo neutras.  Mas com ela foi diferente. Me senti muito bem. A casa tem quatro crianças pequenas, uma de 9, uma de 6, uma de 5 e o caçulinha de 2, uma loucura!!! Mas eu gostei ;) (Ela disse que eu não vou ficar com os quatro ao mesmo tempo, sempre com dois e depois com dois... senão eu ia enlouquecer! rs) Mas as crianças são a coisa mais linda, como quase todas as crianças daqui: pele braquinha, bochechas vermelhas, loiras de olhos azuis. Provavelmente vcs ainda vão ver muitas fotos delas aqui...
Conversamos um pouco e ela me pediu pra voltar no dia seguinte para conhecer o marido dela e a au pair atual, Elisângela, que é brasileira também e está indo embora, e que ficou com a família por três anos. Pois bem, voltei, conversei com a Elisângela, que é uma graça e me disse que a família é muito legal. Eles ficaram de me dar retorno no dia seguinte, pois tinham mais duas candidatas para entrevistar.
No mesmo dia a noite ela me ligou perguntando se eu tinha como prometer a ela que ficaria por pelo menos 12 meses. Eu disse que não podia prometer isso, e ela falou: Eu vou ser bem sincera com você, das meninas que vieram aqui você foi a que nós mais gostamos, mas pra gente é muito importante ter alguém que fique por mais tempo, meu esposo principalmente não gosta de ficar trocando de au pair, e uma outra candidata prometeu ficar por dois anos. Só que conversamos com as crianças e elas pediram para que contratássemos você!
Aiiii....que coisa mais fofa! Eu não fiquei nem 20 minutos com elas e elas gostaram de mim!
Aí pronto, me comovi e decidi que se eles realmente me chamassem eu iria. Porque au pair não ganha muito bem, por isso eu ainda estava na dúvida. Perder um pouco da minha liberdade também estava me preocupando um pouco... mas, enfim, quando eu entrei na casa eu senti que iria pra lá. Que coisa engraçada isso não?  E não deu outra, eles me chamaram e eu começo em janeiro.

Mas enfim, eu vou ter tido, incluindo dezembro, cinco meses dessa vida... tá bom né?
Então.... tenho que aproveitar meu último mês de liberdade total!

Parties mode on until New Year!!!!  =D

9 comentários:

  1. AI QUE BACANA FICO FELIZ POR VC

    VAI VIVENCIAR UMA NOSSA E EMPOLGANTE TALVEZ MASSANTE TAMBEM RSSSSSSSSSSS
    EXPERIENCIA...
    MAS É ISSU AI
    CONHECER E VIVER NOSSAS EXPERIENCIAS
    BJUU BOA SORTE

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  2. Claro que as criânças gostaram, né estrupício... Depois que as crianças viram o teu tamanho, tão achamando que tu tem 10 anos de idade.

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  3. Quatro crianças? 2, 5, 6 e 9 anos? My good Lord! Vc será, literalmente, a fraunlein Maria!

    A propósito:
    hibernar (hi-ber-nar)
    v.i. Passar o inverno em estado de entorpecimento.

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  4. hsuahsuahsaushaush
    Brigada Paulo, vamos ver no que vai dar!

    @estrupício: =P

    @ pai: Pois é, pensava que vc era o único cheio de filhos? rsrsrs (ignorei o hibernar =P)

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  5. """""" NOVAS""""""""

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK

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  6. hahahahaha... tinha percebido.... rs

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  7. @Robinho: treinando pra brincar com seus filhotes, que pelo que eu tou sabendo, no MÁXIMO daqui a três anos tão chegando aí.... e olha que ela ainda foi muito paciente viu.... kkkkkkkkkkkk

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